Experiência do DF no fechamento do lixão será apresentada em congresso internacional

Especialistas estrangeiros em engenharia sanitária ambiental visitaram o Aterro Sanitário de Brasília nesta terça-feira (20). Foto: Tony Winston/Agência Brasília

SAMIRA PÁDUA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
A experiência do Distrito Federal na abertura do Aterro Sanitário de Brasília e no fechamento do lixão da Estrutural será apresentada no congresso da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa, sigla em inglês) que ocorrerá em outubro, na Malásia.

A informação foi confirmada pelo presidente do grupo de trabalho que trata de aterros sanitários na Iswa, o engenheiro ambiental Luis Marinheiro, em visita ao aterro na manhã desta terça-feira (20).

De acordo com ele, o objetivo é que o êxito do encerramento do lixão da Estrutural e da construção do novo aterro sirva de exemplo para outros lixões no mundo.

“A Iswa participou e continuará a apoiar essa iniciativa meritória, que levou ao fechamento de um dos maiores lixões do mundo, mais precisamente o segundo, de uma lista de 50 que a associação estudou e mapeou”, ressaltou Marinheiro, que veio de Portugal e também participa, em Brasília, das atividades do 8º Fórum Mundial da Água.

A Associação Internacional de Resíduos Sólidos está entre as cinco entidades que assinaram, quando da inauguração do Aterro Sanitário de Brasília, um documento que estabelece o compromisso em monitorar ações do governo local em relação à gestão de resíduos.

Além da Iswa, representantes da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) e da Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (Aidis), que também firmaram o acordo, estavam na visita desta terça (21).

Antes de conhecerem o local, assistiram a uma apresentação da diretora-presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos, sobre as ações de governo que culminaram no encerramento das atividades do lixão da Estrutural, com a incorporação de catadores de material reciclável.

“É importante que esse grupo acompanhe a evolução e nos ajude a avaliar os rumos que estamos tomando”, disse Kátia.

A presidente da Aidis, Pilar Tello, elogiou o trabalho e sanou dúvidas a respeito do funcionamento do aterro. “Não é fácil fechar, tirar os catadores do lugar. É uma experiência difícil que só se consegue com uma decisão política totalmente comprometida com o bem-estar da população”, frisou a mexicana, que disse ter ficado impressionada com a tecnologia usada na construção do aterro.

A visita também contou com a presença de uma comitiva da França que quer estabelecer parcerias com o governo de Brasília na área de resíduos sólidos e de representantes da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa-DF).

Em função do 8º Fórum Mundial da Água, estão previstas visitas de outros grupos a instalações do SLU durante a semana.

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