A doença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é provavelmente o fenômeno mais bizarro a que o mundo assiste, algo capaz de mudar a fundo o presente e moldar decisivamente o futuro geopolítico do planeta.
Raramente se terá visto exemplo de manipulação política e de velocidade numa escalada rumo ao poder.
Não é fácil preencher os requisitos que orientam a cobertura da Casa Branca. É preciso ter uma bola de cristal e muita paciência. As notícias divulgadas pela assessoria do presidente não são confiáveis. Fala-se agora que o estado de saúde de Trump é precário, quando o candidato republicano decide passear pelas redondezas do Centro Médico Militar Nacional Walter Reed. Apesar de todas as dúvidas sobre suas condições de saúde, o presidente deixa o hospital ainda nesta segunda-feira para, de acordo com sua junta médica, prosseguir o tratamento na Casa Branca.
O que sabemos.
Está aí, afinal, o presidente contaminado com o covid-19. Era inevitável: as ações perigosas de Trump vinham-se repetindo, e a falta de compromisso da Casa Branca em combater essa terrível pandemia.
Entra o país, assim, no túnel da desconhecida instabilidade política, há menos de um mês das eleições presidenciais e mais de 200 mil cidadãos mortos – um túnel que a população jamais percorreu e que poderá esmagar a respeitada e invejada democracia americana.