Cobram do ex-presidente sua candidatura imediata. O PT diz que o nome só sairá em meados de março. Os próprios institutos de pesquisa vão a campo, com vários nomes da terceira via, mas nunca colocaram um substituto para Lula.
Seus 40% ou mais de apoio são dele, são do PT ou são votos anti-Bolsonaro?
Lula faz bem em ampliar ao máximo o seu leque de adesões, inclusive acenando com Alckmin na vice-presidência. Mas por que insistir com ele em uma terceira via, se hoje ele é a primeira?
Quando Lula deixou a presidência da República, depois de dois mandatos, com mais de 80% de apoio, ele tinha tudo para obter do Congresso o direito de disputar um terceiro período. Mas não quis.
Quando Dilma terminou o primeiro governo, Lula poderia voltar à presidência, mas abriu mão da candidatura em favor da companheira.
Quem duvida que Lula hoje, num ato de grandeza, decida lançar um correligionário?
O ex-presidente não precisa provar mais nada. Ele foi o melhor presidente que este país já teve, e assim passará para a História. Por que correr o risco de uma nova disputa eleitoral?
Obviamente, se ele for o único nome com possibilidades de derrotar o fascismo, ele não terá como fugir da raia. Mas com o fracasso absoluto do governo do capitão, valerá a pena concorrer à presidência?
Lula sabe que o país está destruído. Sua vitória seria o bastante para que o país voltasse a respirar aqui e alhures. Mas ele sabe, também, que será difícil fazer um governo tão exitoso como foram seus dois mandatos.
Então por que correr o risco?
Não seria mais um mandato que turbinaria o currículo do maior líder popular do país. Se é para ser terceira via, porque não lançar um outro candidato?
Lula é, e continuará sendo, o maior eleitor em outubro.
Já imaginaram o que seria uma eleição sem Lula na disputa? Todos ficariam sem discurso.
Não só Bolsonaro, mas também os genéricos arrependidos como, e os que se perderam pelo caminho, como Eduardo Leite e outros menos votados.
Ciro seria capaz de viajar para Paris, antes mesmo do primeiro turno.
Vamos parar de exigir propostas mais efetivas de um homem que continua conversando e nem candidato é. Lula sabe que o mais importante, no momento, é derrotar o negacionismo, fortalecer a democracia e dar um rumo para o país.
Qual seu maior entrave hoje? São Paulo?
Se for esse o problema, a derrota do genocida está sacramentada.