DF dá a partida no projeto Gestão de Políticas de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA *

Gestores, pesquisadores e representantes da sociedade civil que atuam na saúde de Brasília participaram, nesta terça-feira (7), da aula inaugural do projeto Gestão de Políticas de Saúde Informadas por Evidências (Espie/Proadi-SUS). O evento, realizado no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e simultaneamente em outras 11 cidades do país, contou com representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês, a iniciativa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi), do SUS, para o triênio 2018-2020.

Os 40 selecionados de Brasília para o projeto – ao todo, foram 238 inscritos – acompanharam uma videoconferência realizada em São Paulo por parceiros da iniciativa, reunindo representantes do Hospital Sírio-Libanês, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Depois de formada a mesa de abertura do evento, Maria Lúcia Teixeira, integrante da coordenação do projeto Espie/Hospital Sírio-Libanês, explicou que o objetivo é qualificar a gestão de políticas de saúde por meio do uso sistemático e transparente do conhecimento científico decisório. Em um primeiro momento, os profissionais selecionados passarão pelo curso de especialização, que prevê um total de 14 encontros mensais na Fepecs, entre maio deste ano e abril de 2020. Depois, formarão grupos e terão mais oito encontros mensais para formular seus próprios projetos e melhorar as práticas do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Teremos entre 2019 e 2020 a responsabilidade não só de cuidar da formação deles, mas também da construção, elaboração, implementação e avaliação de projetos que façam o SUS ser mais efetivo e melhore, na prática, a qualidade de vida e o atendimento das pessoas”, anunciou Maria Lúcia. “Além da formação, será uma transformação de práticas.”

Representando o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, a secretária-adjunta de Assistência à Saúde do DF, Renata Rainha, reforçou: “Esperamos que no final do período estabelecido possamos colocar muitos desses projetos elaborados em ação na nossa gestão”.

Para o diretor-executivo da Fepecs, Marcos Ferreira, mais do que um curso de especialização, o projeto oferece a oportunidade de qualificar gestores e garantir, com isso, que atinjam melhores resultados. “O alvo do Espie é fazer com que os gestores possam estar mais bem capacitados, para atingir nossa meta principal, que é o melhor atendimento ao paciente”, destacou.

Efetividade

Responsável pelo projeto na pasta federal, a consultora técnica do Ministério da Saúde Aurelina Aguiar explicou que projetos construídos pelos inscritos devem ser aplicáveis ao SUS, trabalhando com problemas locais, de forma a garantir maior efetividade dos serviços. “Esperamos que nas 12 regiões que participam sejam criados projetos que possam ser implementados, principalmente no local onde eles estão sendo elaborados”, ressaltou.

Além de Brasília, também participam da iniciativa Aracaju (SE), Campinas (SP), Maceió (AL), Niterói (RJ), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís (MA) e Uberlândia (MG), cidades que também tiveram videoconferências. No total, foram abertas 480 vagas, sendo 40 para cada região participante.

Para elaborar a seleção, foram utilizados critérios específicos, como carta de recomendação do gestor de saúde local, carta de intenção, formação acadêmica e se a pessoa tinha conhecimento prévio em políticas informadas por evidências. Os participantes concluintes que atenderem aos critérios satisfatórios nos itens considerados no processo de avaliação serão certificados pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa como especialista em gestão de políticas de saúde informadas por evidências.

* Com informações da Secretaria de Saúde

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