Se há algo que empresários e executivos norte-americanos sempre buscam, independentemente do cenário político brasileiro, é um meio para antecipar o caos social e, assim, reduzir os investimentos e as perdas.
Como o lançamento fracassado da vacina no Brasil gerou uma onda de pessimismo no mercado internacional nos últimos meses.
Investidores estão com os nervos à flor da pele
A economia do governo Jair Bolsonaro “piorou substancialmente”, enquanto também diplomatas estrangeiros no Brasil alertam que a crise ainda não começou. No boletim informativo semanal que circula em Washington e Wall Street, analistas frisam que o dólar deve disparar nas próximas semanas.
Depois de dois anos de intensa crise política e trapalhadas na diplomacia, o Brasil vem sendo olhado com desdém em muitos países e perplexidade em outros, temerosos de uma política que chamam de “suicida”, o comportamento do presidente Bolsonaro representa um razoável sinal das preocupações e dos desejos do futuro da atual administração.
A falência da sociedade se faz com detrimento de povos sem voz e representação, com pretensões de hegemonia, com messiânicas lideranças, com opressões – em contribuição inteiramente nova para aniquilamento da democracia no Brasil.
A destruição de um grande país
O caos no país, contudo, é a consequência de um presidente despreparado, em que o Brasil despencou do patamar de uma nação adulta e séria que sabia para onde ia e sabia o que pretendia para uma tumultuária adolescência.
Assim, 2022, poderá ser marcado como o ano do sepultamento de uma grande nação.
A sociedade entrará a nova etapa com todos os mecanismos econômicos desajustados sem os padrões de segurança necessárias ao desenvolvimento, para ter, com a ajuda dos candidatos Lula e Bolsonaro e com o apoio dos eleitores lunáticos, um ano igual ou pior, e não terá com enfrentar as surpresas amargas e os riscos da competição mundial, assim como as incompreensões, as dificuldades, as tragédias e os problemas que, inelutavelmente, o novo momento do desgoverno irá trazer.
A vitória de Lula ou de Bolsonaro sinaliza a criação de políticas capazes de provocar esforços marginais ou tensões consideradas inoportunas.
Há o sonho do terceiro candidato decolar
O principal desafio do terceiro pretendente (leia-se Ciro Gomes – PDT ) é que, em meio ao acirramento da retórica pública, torna-se difícil , quase impossível, aterrissar no segundo turno.
Caberá ao candidato pedetista, além de controlar o seu tom explosivo, dar uma alternativa de centro-esquerda apropriada, que pudesse abocar não apenas os constituintes mais de centro, mas também os mais à direita que estejam desiludidos com o rumo do país.
Um amigo da democracia
“Um político honesto, mal-arranjado, explosivo, de opiniões firmes” – assim os relatórios despachados do Brasil pintam o candidato Ciro Gomes.
No dossiê que circula na Casa Branca oferece dele uma definição mais precisa: “É um moderado. Mas firme, quase inflexível na sua moderação”.
É também firme na defesa dos seus pontos de vista.
“Ciro é um homem de larga visão, de comportamento irrepreensível, e é sem dúvida um político muito competente”, destaca um ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
Ele têm pavio curto, mas a comunidade internacional sabe que Ciro é competente, experiente e deve entrar pra mudar tudo, por isso falam tanto do seu temperamento.