Algum dos candidatos à presidência da República – são tantos – já comentou, destacou ou apresentou alguma proposta séria para combater o aumento da criminalidade no Brasil? Ou uma sugestão que seja crível? O povo brasileiro sempre foi pacato e alegre, como todos reconhecemos e os visitantes de outras plagas podem constatar. Mas o crime aumenta e passou a se esparramar de repente, assustando a população.
A antiga fiscalização e segurança dos brasileiros está em decadência nos últimos anos, e se agrava com o crescimento da incidência de crimes, assaltos, quadrilhas organizadas, machismo, cidades assaltadas, feminicídios e outros fatos inacreditáveis, até envolvendo crianças. Logo seguidos de outros mais escabrosos e surpreendentes, deixando a população apreensiva.
Exemplos das ocorrências revelam a criatividade e a extensão da periculosidade dos bandidos. A esses fatos negativos, como centenas de outros que se repetem, os candidatos devem estudar e se informar corretamente para, se eleitos, tentar resolver gradativamente o problema. Não poderá ser solução parcial, enganadora da população.
Todos ou alguns dos curiosos candidatos à presidência da República devem já ter reunido suas assessorias para estudar e apresentar soluções para o problema. Extremamente sério. Esses e os demais. Solução rápida e eficaz. O João Dória, por enquanto, pensa em comida na mesa, emprego, dinheiro no bolso. Esqueceu nada? E os demais candidatos, com sonhos impossíveis de vitória eleitoral? Em São Paulo ocorre a epidemia de ataques de grupos criminosos na madrugada das cidades do interior. Tipo faroeste.
Crimes, violências jamais imaginadas se repetem. Morticínios em favelas, crianças baleadas, vítimas de facadas. Bebês amarrados às suas cadeirinhas e colocados em banheiros não higiênicos, na própria creche. Prática de agressão e abandono inimaginável de crianças pelas mentes mais torpes do planeta. A creche do inferno com os bebês amarrados. Seus autores (as) devem pagar muito caro pelo crime. Um exemplo de violência jamais visto anteriormente.
Um casal desajustado, a mãe e o filho de 4 anos convivendo com um bandido no Rio. O pai adotivo, um tal de vereador Jairzinho, tanto espancava o enteado que ele veio a morrer em consequência de hemorragias internas. A mãe cúmplice, totalmente apática diante da tragédia. Outro caso extremo que merece punição exemplar e ampliação dos mecanismos de vigilância da sociedade.
Neste país sem efetiva proteção policial e cada vez mais bandidos, as mulheres têm sido vítimas fatais de maridos, namorados, amantes, ladrões e outros canalhas. Pesquisa do ano passado indicou que a média no Brasil, naquele período foi de um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio a cada 7 horas. No Brasil acontecem milhões de agressões de “companheiros” em suas mulheres. Muitas são fatais.
Mortes de mulheres nas favelas por espancamento, tiro ou facada é uma ação criminosa que se amplia. Questão séria a ser resolvida pelos próximos governos. Um país cordial não pode admitir tal frequência de crimes. Em São Paulo assassinos em motos ampliam a sequência de ataques a homens e mulheres nas ruas. Agora com pistolas para matar em casos de reação.
Este como tantos outros problemas devem estar sendo estudados pelos candidatos à presidência da República. A situação eleitoral é singular. Tantos candidatos mas só dois – Lula e Bolsonaro – mostram possibilidade de serem eleitos. A continuar no mesmo estágio o nível de aceitação revelado pelas pesquisas. Os demais cumprem seu papel de participar.
O racismo, antes incipiente, começa a atacar com mais ousadia. É das agressões mais covardes e criminosas, pois as pessoas de cor são insultadas sem terem cometido qualquer irregularidade. O abuso se repete com mais frequência. Caso o problema se agrave será outro drama a resolver, e pode atingir altos níveis de violência.
Os brancos agressores, minoria no país, breve começarão a receber o troco de sua violência descabida.
– José Fonseca Filho é jornalista