Novo caso de assédio sexual agita Hollywood. Como na incineração pública do produtor Harvey Weinstein, há um vácuo entre o fato e sua revelação pela mídia. No caso, um delay de três décadas.
De um lado, o consagrado Kevin Spacey. Do outro, Anthony Rapp, que descreveu um “avanço sexual” de Spacey sobre ele quando tinha 14 anos. Spacey tem 58 anos e na época tinha 26. Rapp tem hoje 46. Spacey disse pelo Twitter que estava “horrorizado” com a história, da qual disse não se lembrar. Pediu desculpas. E assumiu ser gay.
Foi torpedeado pela militância. Estaria, segundo esta ótica, jogando uma cortina de fumaça no caso. Ficara no armário tempo demais e, acreditam ativistas, saiu na hora errada.
Rapp, hoje defensor dos direitos LGBT, foi escalado recentemente para o elenco de “Star Trek: Discovery”.
O personagem interpretado por Rapp terá um romance com outra pessoa do mesmo sexo.
Já a Netflix confirmou que “House of Cards”, protagonizado por Spacey, não vai além da sexta temporada. Curiosamente, garantem que a decisão havia sido tomada antes das revelações.
Na série política, Spacey vive um político inescrupuloso que vira presidente. Sim, seu personagem é gay e o casamento com a primeira dama é de fachada.
Recomenda-se a Frank Underwood não repetir Kevin Spacey e avaliar bem a hora de abrir as portas para revelar sua ambiguidade sexual.