Não bastassem as duas grandes guerras, causadoras da morte de milhões de pessoas que nada tinham a ver com as divergências e ódio desprendido por dirigentes governamentais, em torno de objetivos políticos e econômicos de seus países. Hoje, o receio de outra gigante estupidez e desentendimento mais uma vez ameaça o mundo.
Inacreditável certamente é, mas impossível realmente não. O terror e os receios estão nos ares, há semanas, com a disputa entre a Rússia e a Ucrânia por motivos bélicos, disfarçados de direitos à segurança de cada país. A Rússia não quer a presença da OTAN em sua vizinhança, e a Ucrânia não aceita ficar sem uma proteção extra na fronteira entre os dois países. Ela que já sofreu com o comunismo.
Cada país desconfia que seu vizinho, no caso dos dois contendores, se organiza para invadir e atacar o outro. O russo Putin, cuja fisionomia inalterável indica que jamais deu um sorriso na vida, nem para as belas mulheres russas, mandou para a fronteira entre os dois países centenas de tanques, foguetes, mísseis e aviões supersônicos. Além de mais de 150 mil soldados em marcha para a fronteira e navios de guerra em manobras no mar Negro. Armas nucleares disponíveis, para alguma emergência.
Na primeira guerra mundial morreram cerca de 20 milhões de pessoas, na segunda mais de 80 milhões. Putin pode estar, na verdade, praticando uma política de intimidação contra outro antigo país comunista. O presidente Zelensky, da Ucrânia, em recentes declarações, confirmou o interesse de seu país por ingressar na Otan. E não vai mudar de opinião. O vai não vai obviamente assusta, e mantém o mundo em expectativa.
Putin, o estoico, já afirmou 462 vezes – até ontem – que não vai invadir a Ucrânia, e até agora é o que vem acontecendo. Já o gringo Joe Biden reafirma, pelo menos 3 vezes diariamente, que “hoje ou amanhã” a Rússia vai invadir a Ucrânia. Até agora, o mentiroso da disputa continua a ser o presidente dos EUA. Se não houver a invasão nos próximos dias, o americano ficará meio desacreditado.
Os demais países, seus dirigentes e população já não sabem mais em qual dos beligerantes devem acreditar. E tampouco dispõem de recursos para sobreviver a uma possível guerra entre os dois contendores. A qual ainda pode se espalhar por outros países, ou em regiões da Europa e parte dos países limítrofes com os dois brigões.
A Terra poderá se desintegrar, ou ser explodida, totalmente ou em boa parte de sua extensão. É uma avaliação pessimista mas que os 7,753 bilhões de habitante do mundo esperam não venha a se concretizar.
Apenas comprovará, mais uma vez, que os países ainda não estão acostumados a resolver suas divergências pela diplomacia e outros meios pacíficos, como as negociações. Ou, irresponsavelmente, os dois países estão brincando com uma realidade que pode se tornar catastrófica.
Daí a dúvida entre os terráqueos: é melhor não acreditar em nenhum dos dois países. A disputa é um falatório infindável e provocativo entre Rússia e Ucrânia, e outros que porventura venham a solidarizar-se com cada um. Até agora não parece ser o caso. A questão é de exacerbação das divergências e suposições sobre o futuro imediato. Entre dois velhos companheiros do comunismo grosseiro, Rússia e Ucrânia.
A Rússia não aceita instalações da Otan na Ucrânia, por alegadas questões de segurança na sua fronteira. Preocupações exageradas. A Ucrânia alega não ter nenhum sistema de defesa depois de ter abandonado o sistema comunista. Os EUA e países ocidentais dão-lhe apoio e assim ganham também oportunidade para manter vigilância sobre sua antiga adversária, a ex-URSS. Volta assim a situação prevalecente na época da guerra fria.
Com mais de 150 mil soldados russos perto da fronteira com a Ucrânia, resistindo à neve e à incerteza sobre o que foram fazer naquele distante território. Para quem diz que não vai invadir nada a precaução da defesa russa está muito exagerada. E o período de discussões para resolver a questão bastante extenso.
Para os soldados, se apesar de tudo ficarem lá estacionados, sem nenhuma utilização, continuarão no seu desempenho de esperar no quartel. Se algo acontecer eles irão para as batalhas, ou de onde estão passarão a bombardear o inimigo. Se nada acontecer ficarão por ali. Isso porque soldados estão sempre esperando por uma guerra, atentado, invasão, golpe ou revolução, onde atuarão como poder de dissuasão ou de destruição. Se não, voltam de novo para casa.
A insensibilidade dos dirigentes das grandes potências permite que eles discutam seus problemas de relacionamento com indiferença em relação aos demais países. A gente briga, os outros que se danem, repetem Putin e Zelensky. Ambos colocando os problemas de seus países em destaque, sem preocupação com as consequências ou ameaças aos demais.
É o que acontece agora entre Rússia e Estados Unidos, com a Ucrânia de permeio. E grandes potências participando do processo de solução dos problemas, de modo a normalizar, com segurança, a convivência entre os países. E que nenhum país se sinta prejudicado nem os outros fortalecidos em demasia.
Mais algumas décadas e os cabeçudos dirigentes das grandes potências devem acostumar-se a conviver pacificamente. Se não por eles, pela população de todo o mundo, que precisa sobreviver em paz. E resguardar-se para terem recursos, tecnologia e organização para combater a pobreza, a ignorância e as doenças em nosso planeta.
As grandes potências e os países em desenvolvimento devem trocar a guerra e os recursos nela aplicados para combater o aquecimento global, a poluição, a destruição e contaminação da Terra.
Vão destruir o mundo antes de descobrir a cura do câncer e tantas outras doenças mortais? Ou de resolver o problema da fome, da educação, da moradia, do crime? Descobrir um meio de manter a humanidade coesa e fraterna? O custo de pesquisas e operação das armas atômicas daria para financiar a execução desses projetos e muitos outros, de caráter absolutamente humanitários.