Reflexão a partir de Angela Alonso
A Eduardo Chuay
Quem não teve infância nos anos 50, não sabe o que é sete de setembro. Não teve liberdade para aplaudir a Banda dos Fuzileiros Navais. o Regimento dos Dragões de Independência sob o comando de Ivan Cavalcânti Proença, a Esquadrilha da Fumaça.
Sim, antes do golpe de 64 as crianças se divertiam com os desfiles militares e as paradas na Presidente Vargas nos enchiam de sonhos e fantasias.
Os quartéis eram divididos entre udenistas e democratas. Muitos comunistas coexistiram dentro das forças armadas com golpistas e essa coabitação nas forças armadas acabou em 64 com o expurgo promovido pelos vencedores contra os vencidos.
Conhecer a história é fundamental para sabermos como chegamos a esse fundo de poço e para superar esse momento, precisamos coragem e ousadia. Com medo, no máximo chegaremos apertados ao banheiro do bar da esquina.
Conheçam e disseminem histórias de Ruy Moreira Lima, Brigadeiro Chico Teixeira, Paulo Malta, Tenente Ferro Costa, General Ladário Pereira Telles, General Zerbini. Marechal Lott, entre milhares de oficiais, suboficiais e praças expurgados em/a partir de 1964.
Perguntem aos dirigentes políticos da sua devoção por que o currículo das Academias Militares não foi mexido com a redemocratização?
Gentileza gera gentileza, medo gera mais medo. “Viver é lutar”.
Assistam a “Os Militares que Disseram Não” no Canal Caliban Cinema e Conteúdo no You Tube. Minha modesta contribuição à luta pela democracia.
— Silvio Tendler é cineasta premiado, autor de vários documentários. Entre eles, “Jango”, “Os Anos JK”, “Glauber, o labirinto do Brasil”, Encontro com “Milton Santos”, “Tancredo, a travessia”
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