Embora a epidemia do Coronavírus tenha iniciado há mais tempo, só agora alguns países, entre eles o nosso, se deu conta de que o mundo é um só. Uma verdade factual e espiritual, cada vez mais percebida, mas não necessariamente compreendida, por todos os humanos sem exceção, pelo nível de integração global em que vivemos. Mas há ainda quem duvide e quem desdenhe desta eterna e incontornável interdependência que liga todos os seres.
Mas quis o Outro Poder, aquele que não está sob o império das nossas decisões e esforços, que neste momento de agravamento para uma pandemia eu me encontre entre o povo Ashaninka, num lugar que significa “Umbigo do Mundo”, no meio da floresta Amazônica, no Acre, quando explode pandemia que está assustando todo o Planeta.
A pandemia está ligando o mundo, resgatando um sentido ainda precário de interdependência, mas infelizmente não ainda pela solidariedade e empatia, mas pelo receio individual da morte. Devemos zelar por nós e pelos outros, para conter a propagação do Coronavírus. Mas que não fique por aí.
Este é um momento precioso, em que podemos observar lições que, em tempos mais confortáveis e tranquilos, nos esquivamos de aprender. O Coronavírus não é uma fake news, nem um castigo. Ele é o que é. Uma pandemia. Ela própria também impermanente como a saúde e a nossa própria vida. Ela irá passar.
Lamentamos as suas vítimas. Lamentaremos mais se tudo isso não nos levar a um estado de mais consciência e menos egoísmo.
A Luz que me conforta e me dá esperança é o lembrete budista de que “das profundezas da tristeza é que advém a verdadeira alegria. Com a mente tranquila, com o coração confiante, recitemos o nome da luz. Namandabu.
O Templo Shin-Budista está disponibilizando uma meditação guiada pelo Monge Sato. Para ouvir a meditação, clique aqui.
Monge Sato, Regente do Templo Shin-Budista de Brasília