Como ocorre de sete em sete dias, os oitocentos mil funcionários públicos do governo federal dos Estados Unidos recebem os seus salários.
Hoje, no entanto, o Tio Sam não teve dinheiro para depositar nas contas dos seus empregados.
Esse dramalhão financeiro, que nem mesmo um autor medíocre subscreveria, é em função de que o presidente Donald Trump se recusa a assinar o orçamento da união. Motivo: os membros do Congresso não alocaram recursos para a construção do muro na fronteira dos Estados Unidos com o México.
O presidente está se comportando como uma criança birrenta. Já avisou que essa crise pode durar até o ano que vem. “Enquanto o congresso não aprovar a verba para o meu muro, o governo não ser reaberto”, alerta Trump.
O lixo está tomando conta dos parques do governo; os controladores de voo, os funcionários de imigração e da receita estão fazendo horas extras – mesmo sem receber os seus salários. Os serviços públicos estão se tornando precários e morosos. E, dentro de alguns dias, a interrupção do governo vai ser total.
O impacto da paralisação está se espalhando por toda a economia americana e está custando $430 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) por dia.
Os democratas, que controlam a Câmara dos Deputados, reafirmam que não vão alocar recursos para a construção do muro.