Nuvens de tempestade em plena estação seca no cerrado. Não seria água que ameaça vazar de Curitiba.
Chega à capital o boato assustador de que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (ex-MDB/RJ) teria acertado os termos de uma delação premiada, ameaçando Deus e o mundo. Desta vez, a tão falada confissão estaria para se concretizar.
Segundo estes rumores, o ex-parlamentar estaria finalizando um pacote de documentos com mais de 100 anexos, sustentados em farta documentação, com dados minuciosos de depósitos bancários em cinco paraísos fiscais e contas secretas em instituições da Bélgica e dos Emirados Árabes Unidos.
A proposta inauguraria uma nova fase da Operação Lava Jato, com uma verdadeira caça às bruxas. Segundo estas versões, a delação apontaria o dedo para 14 togados do STJ e dois ministros do STF, dois advogados famosos, quatro grandes bancos, 150 deputados e vários caciques do PSDB e do PT. E, não poderia faltar, um frigorífico.
Eduardo Cunha também estaria ameaçando outras altas figuras do Parlamento. O vazamento fala de nomes.
Num dia de calmaria, com grande número de deputados e senadores voando para suas bases, a ameaça do antigo cacique emedebista turvou o céu e estragou o ameno fim-de-semana do Dia da Pátria de magnatas, chefes e chefões políticos.