“A Democracia não é coisa feita. Ela é sempre uma coisa que se está fazendo. Daí porque ela é um processo em ascensão. É a experiência de cada dia que dita o melhor caminho para ela ir atendendo às necessidades coletivas. O que há de belo nela é isto. É que ela tem condições de crescer, segundo a boa prática que fizermos dela”. (Teotônio Vilela)
Vivemos tempos estranhos, que alguns cientistas sociais já costumam chamar de “pós-democracia”, numa referência a experiências, cada vez mais comuns em todo o mundo, em que a democracia acaba sendo minada por seus próprios mecanismos. Entre os responsáveis, estão as desigualdades econômicas e sociais, as falhas nos sistemas políticos, a corrupção, a falta de visão de elites que não enxergam que só haverá progresso real numa sociedade em que todos tiverem acesso a seus benefícios.
Estamos diante de mais uma eleição, no Brasil e no Distrito Federal, e não queremos que ela seja uma oportunidade desperdiçada. Queremos ajudar a população a entender que as eleições para o Legislativo são tão importantes quanto as que elegem os chefes dos Executivos.
Afinal, esses dois poderes têm que se somar para resolução dos problemas da cidade. O governador não governa sozinho. Daí a importância da qualificação da Câmara por meio da escolha de candidatos aptos, que representem de fato a população local em suas necessidades.
Para isso, antes de tudo é preciso restabelecer a conexão perdida entre quem elege e quem é eleito. Seu representante tem uma única e simples obrigação quando chegar à Câmara Distrital: representar você, e não qualquer corporação ou grupo poderoso em troca de favores.
Fácil de falar, difícil de fazer – muita gente pode pensar. Como fazer isso?
Por incrível que pareça, não é tão complicado assim. A campanha eleitoral é um dos raros, raríssimos, momentos em que você, eleitor, está com a faca e o queijo na mão. Só chega lá quem tiver votos. Por isso, mais do que um direito, é uma obrigação do cidadão procurar saber em quem está votando, quais são suas ideias, seus antecedentes, o que fez, o que não fez, o que pretende fazer…
Este ano, 70% (17 dos 24) dos atuais deputados distritais estão concorrendo à reeleição. Mas há também muitas caras novas que o eleitorado deve ter a chance de conhecer. Ver, ouvir, questionar, dialogar. E depois, lá na solidão de sua conversa com a urna, votar em quem quiser.
Afinal, essa é a beleza da democracia, que, segundo já disse tanta gente ilustre, pode ter muitos defeitos; só que ainda não inventaram nada melhor:
“Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo. A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal.”
Conheça o Projeto Iniciativa Cidadã e assista as entrevistas dos candidatos. Os Divergentes está publicando as 17 conversas gradativamente, mas você já pode acessar os bate-papos por aqui. As conversas também estão na página do projeto no Faceboock.