Numa eleição tremendamente incerta – e, portanto, aberta – pesquisas de intenção de voto são como biruta de aeroporto. Podem mudar a qualquer instante diante de qualquer bafejo.
Basta ver o recalcitrante desinteresse dos eleitores. A pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta sexta, 17, crava que 56% dos entrevistados vão votar em branco, anular o voto ou ficar em casa.
É a turma do “não tô nem aí”. Como mostram todas as enquetes até aqui.
O poste sobe
Mas, se há alguma novidade na nova enquete é Fernando Haddad. A aposta do PT para se tornar o novo poste de Lula segue em alta gradual. Agora com 15% quando apontado como o candidato “apoiado por Lula”.
A má notícia é que sua rejeição é altíssima, de 54%. Além disso, no segundo turno o ex-prefeito perderia para Alckmin e empataria com Bolsonaro.
O capitão da reserva, por sua vez, segue firme com a preferência de 1 em cada 5 entrevistados. Votos suficientes para levá-lo ao segundo turno.
Telefone vermelho
Certo, até aqui, é que está tudo incerto. O presente e, mais ainda, o futuro.
Se virar presidente, Haddad deverá instalar um telefone vermelho na cela de luxo da Polícia Federal em Curitiba. Toda vez que tiver que pensar, o ex-prefeito consultará o presidiário mais famoso do mundo.
Ou perguntará à ONU, já que, ao que parece, o PT parece abriu mão da soberania.
Caso Bolsonaro seja o mandatário, o telefone vermelho ficará na sala de Paulo Guedes, o Posto Ipiranga do capitão do Exército. E se o Cabo Daciolo surpreender…
Chega. Hoje é sábado. Melhor torcer pelo Inter, que amanhã pode acabar a rodada em primeiro lugar do Brasileirão.