O ministro Paulo Guedes estaria ainda perplexo, sem ação com a forma do anúncio da desgraça do agora ex-presidente do BNDES, Joaquim Levy. Segundo algumas fontes que conhecem o economista, ele engoliu o sapo, mas ainda não deglutiu o batráquio.
O ministro teria pensado em demitir-se junto com Levy, defenestrado pelo presidente Jair Bolsonaro de forma tão pouco usual nos rituais do poder, mais ainda nos altos escalões do Executivo. Guedes reconsiderou seu impulso do momento, pensando em duas coisas, principalmente.
Primeira, salvar os escombros da reforma da previdência e outras reformas liberais que estaria implantando e que sucumbiriam na tormenta. Segunda, não poderia levar a ponta de faca a grosseria do presidente.
Ele já teve tempo para se acostumar com o estilo de Bolsonaro. Isto, no entanto, não significa que a crise tenha acabado.
Foi para baixo do tapete, mas pode voltar à tona. Como dizia o conselheiro Acácio: “As consequências vêm depois”.