Quando o produto é ruim, por mais publicidade que receba, não gruda. É o que está acontecendo com o mega estelionato eleitoral da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro. Não tá dando cola. Tudo se descola. Nessa segunda-feira (12), o Ipec, a turma que historicamente pesquisou eleições para o Ibope, deu mais uma ducha de água fria nas ilusões bolsonaristas.
Mostrou que o sequestro das festas do bicentenário da Independência do Brasil em Brasília e no Rio de Janeiro não deu em nada. Pelos números apurados pela pesquisa do Ipec, virou pó. Bolsonaro entrou e saiu desse espetáculo bancado por uma penca de crimes civis e criminais com os mesmos 31% de intenções de voto que tinha antes de todas essas piruetas. Mesmo engasgando nos discursos, Lula pulou de 44% para 46%.
Menos que esse pequeno aumento da diferença entre eles, o mais relevante é que a grande aposta de Bolsonaro no 7 de setembro, alimentada há meses, nem cosquinha fez. Impressiona ainda mais é o fiasco nas intenções de voto depois da abertura dos cofres públicos em busca do apoio dos pobres. Os mais pobres não entraram nesse engodo. A sensação é de que tudo parece fora de esquadro na campanha de Bolsonaro.
Sua intenção de ir a Nova York na abertura da assembleia geral da ONU e no funeral da Rainha Elizabeth II em Londres parece outra maluquice de quem perdeu a capacidade de ganhar votos no Brasil. Como na condolência à rainha Elizabeth nessa segunda-feira (12) na embaixada da Inglaterra em Brasília, todos os demais movimentos no mínimo parecem piada. Indicam mais que Bolsonaro perdeu o rumo até nas besteiras que pregou contra a ONU e o multilateralismo durante todo o governo. Vai de novo pagar mico lá fora.
A conferir.