O Palácio do Planalto fez cerimonial festivo nessa terça-feira para o encontro dos presidentes do Brasil e da Bolívia, Michel Temer e Evo Moraes. Com direito a guarda de honra sobre a rampa para homenagear o visitante e assinatura de atos e acordos entre os dois países.
A vinda do presidente da Bolívia ao Brasil estava programada para outubro passado. Porém foi adiada em consequência da inesperada internação médica de Michel Temer. A segunda data, em novembro, também sofreu adiamento. Por coincidência, com a necessidade de cirurgia do presidente brasileiro.
Evo Morales ouviu a execução do hino dos dois países ao lado do presidente Temer, do chanceler brasileiro Aloysio Nunes Ferreira, e do embaixador de seu país, Fernando Peña. Repetiu o gesto que adotou desde que assumiu a presidência da Bolívia, há onze anos: com a mão esquerda levantada e a direita sobre o peito.
No ano passado, quando do impeachment de Dilma Rousseff, Evo Morales fez críticas ao Brasil, chamando o processo de afastamento da então presidente de golpe parlamentar.
Os governos de Brasil e Bolívia assinaram acordo de cooperação entre as polícias federais dos dois países, para combater organizações criminosas internacionais, com extensão ao terrorismo, roubos de automóveis, contrabando, tráfico de drogas, armas e pessoas. E também, protocolo de estudos para futura construção de sistema ferroviário que ligue os oceanos Atlântico e Pacífico, passando por Brasil, Bolívia e Peru. O maior interesse comercial entre Brasil e Bolívia, porém, gira em torno do gás natural.