Pela manhã, um pequeno grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro — descontentes com a decisão do ministro Edson Fachin de anular sentenças de Lula na Lava-Jato — dirigiu-se ao Quartel-General do Exército para novamente pedir intervenção militar no Supremo Tribunal Federal. Foram proibidos de ficar em frente ao Forte Apache. Mas postaram-se com faixas nas imediações.
Na Esplanada dos Ministérios, representantes de médicos brasileiros formados em outros países ocuparam o gramado para, com cartazes, pedirem que o Congresso defenda junto ao governo federal e a Jair Bolsonaro o reconhecimento pelo Programa Revalida de seus diplomas. São em torno de 15 mil profissionais de saúde que desejam exercer a profissão para colaborar com seu trabalho no combate à Covid.
Bem perto dali, também em frente ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados, uma associação de caminhoneiros pede que a categoria seja incluída na relação de pessoas com prioridade para vacinação contra o Coronavírus. Alegam que o transporte terrestre de cargas em todo o Brasil depende fundamentalmente da saúde dos condutores de suas carretas.
Também houve manifestação contra o lockdown que determina o fechamento de estabelecimentos comerciais não considerados essenciais — e agora o toque de recolher das 22 horas às 5 da manhã em toda a cidade — imposto pelo governo do Distrito Federal. Como essa da funcionária do comércio que expõe seu protesto impresso na camiseta.
À tarde transcorria no Supremo a sessão da Segunda Turma — presidida pelo ministro Gilmar Mendes — que julgava o processo de imparcialidade do ex-juiz Sérgio Moro nas condenações da Operação Lava-Jato. Então, outro pequeno grupo, do PT, colocava em frente a estátua da Justiça uma grande faixa pedindo que o STF confirme a anulação das sentenças atribuídas ao ex-presidente Lula. A decisão, porém, ficou postergada, com o pedido de vista por Kássio Nunes Marques quando o placar estava empatado em 2 votos a 2.