Rodrigo Maia, sobre crise do coronavírus: “Congresso fechado só na ditadura”

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, fala aos jornalistas no Salão Verde - Foto Orlando Brito

A crise do Coronavírus gerou na tarde dessa terça-feira o primeiro óbito de um brasileiro, um senhor de 62 anos, internado desde a semana passada em um hospital de São Paulo. Além de provocar mortes, traz aflição a milhares, milhões de pessoas, leva as autoridades a decretarem medidas que protejam a população. O reflexo é imediato no cotidiano de adultos e crianças, de todos os setores, do comércio, das escolas, dos esportes, de tudo.

Traz ainda contratempos ao funcionamento normal das instuições. É o caso, por exemplo, dos tribunais de várias instâncias da Justiça, que passam a obedecer às regras de emergência postas em prática para resguardar a saúde de serventuários, advogados e cidadãos.

No Senado, o Túnel do Tempo, tão movimentado em dias normais, agora vazio – Foto Orlando Brito

E chega também ao Poder Legislativo. As duas Casas do Congresso igualmente tiveram de se apressar em adaptar sua agenda nas comissões e plenários à inesperada realidade do momento. O Senado e a Câmara dispensaram a presença física de parlamentares e servidores. Para não interromper o ritmo de trabalho, as votações, pelo menos por enquanto, passam a ser feitas remotamente, por meio de computadores ou telefones celulares, sem a exigência da presença física de senadores e deputados.

Em Brasília, o uso de máscaras – Foto Orlando Brito
O presidente Bolsonaro no Ministério da Economia, após encontro com o ministro Paulo Guedes, na segunda-feira – Foto Orlando Brito

Nessa quarta-feira está prevista reunião dos presidentes da República, do Supremo, do Senado e da Câmara, Jair Bolsonaro, Dias Toffoli, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia. É tentativa de encontrar maior interação entre os três poderes na condução da crise da pandemia do Coronavírus, que chega, crescente, ao Brasil.

Na noite da terça-feira, o Palácio do Planalto anunciou que encaminhará ao Congresso pedido de Estado de Calamidade Pública. Isto é um artifício legal que permite ao governo o cumprimento não estrito dos parâmetros previstos no Orçamento da União em consequência de gastos extraordinários, no caso as ações para conter a expansão da crise do Covd-19.

Após encontro com líderes de vários partidos e indagado se o Parlamento poderia eventualmente fechar, em decorrência de todas as dificuldades que a crise do Coronavírus traz, o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, respondeu:

— Não. Não fechará. Congresso fechado só na ditadura!

Rodrigo Maia em reunião com líderes de vários partidos – Foto Orlando Brito
O ministro Henrique Mandetta, da Saúde, em entrevista no Supremo – Foto Orlando Brito
Usando máscara anti séptica, a deputada Joice Hasselmann chega à reunião de líderes na Câmara – Foto Orlando Brito
Também a deputada Perpétua Almeida com máscara protetora – Foto Orlando Brito
No Salão Verde da Câmara, poucos parlamentares. Um ou outro funcionário ou assessor, com máscara – Foto Orlando Brito

 

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