Após sete horas de reunião, a Executiva do PSDB decidiu que os tucanos permanecem na base de apoio no Congresso ao governo Michel Temer e a permanência em quatro ministérios. Porém, o presidente da legenda, Tasso Jereissati, defende a tese de recorrer contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que absolveu a chapa Dilma-Temer por 4 votos a 3 porque a causa foi apresentada pelo partido.
Participaram do encontro, em Brasília, além do senador Tasso Jereissati, que substituiu Aécio Neves interinamente na presidência do PSDB, os governadores de São Paulo, Goiás, Paraná e Pará, Geraldo Alckmin, Marconi Perillo, Beto Richa, e Simão Jatene, além dos ministros do PSDB que fazem parte do governo Michel Temer, Bruno Araújo, Luislinda Valois, Antonio Imbassahy e Aloísio Nunes Ferreira. E ainda, vários senadores, deputados federais e estaduais, e os prefeitos Arthur Virgílio, de Manuas, e João Dória, de São Paulo.
Enquanto isso, no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer garantiu em gravação divulgada pela Secretaria de Comunicação que “na última semana assistimos a demonstração da vitalidade da democracia brasileira com o funcionamento pleno e livre do do Poder Judiciário”. É maneira de amenizar a crise gerada pela notícia de que a ABIN — que é o serviço de inteligência do governo — estaria fazendo investigações sobre ações do ministro Edson Fachin, do STF.
No Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte, disse em nota que “o presidente da República garantiu não ter ordenado qualquer medida naquele sentido. Não há o que questionar quanto à palavra do presidente da República”. E que, após a palavra de Temer, o assunto está “por ora, esgotado”.