Preço dos combustíveis: caminhoneiros continuam bloqueio das estradas

2018: caminhoneiros em greve - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil entra hoje no terceiro dia em que caminhoneiros de várias cidades em 17 estados protestam contra os altos preços dos combustíveis. O bloqueio nas rodovias transforma-se em crise que afeta diretamente vários setores da sociedade. 

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em nome do governo, deu entrevista no Palácio Planalto para anunciar a decisão de reduzir a zero a CIDE-Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, uma taxa que equilibra os valores de combustíveis. A palavra de Guardia aconteceu após sua ida ao Congresso para tratar, em contrapartida, da aprovação da reorganização da arrecadação e dos reajustes na complexa composição dos preços.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente da Petrobras, Pedro Parente. Foto José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, participou de reunião com autoridades federais no Ministério da Fazenda e descartou alteração na formação do preço da gasolina, do óleo diesel, gás outros produtos da empresa, considerando o coquetel de impostos e custos originais que compõem o valor final dos combustíveis. Mas hoje a empresa anunciou redução dos valores da gasolina nos postos de R$ 2,0433 para R$ 2,0306, que representa 0,62%. E o litro do diesel cai o equivalente a 1,41%, passando de R$ 2,3351 para R$ 2,3083. passando de R$ 2,0433 para R$ 2,0306. Já o do diesel caiu 1,14%, de R$ 2,3351 para 2,3083.

Caminhoneiros fazem paralização na BR 101, na altura de Itaboraí­, no Rio de Janeiro. Foto Tomaz Silva/Agência Brasil

O certo é que o reflexo do bloqueio das estradas em decorrência do preço dos combustíveis é imediato na distribuição de alimentos, por exemplo, com aumento no custo de alguns produtos em até o dobro do valor. Nos postos de abastecimento começam a faltar gasolina, óleo diesel e até etanol, o álcool de cana, alternativa de energia automotora. E a surgir problemas no escoamento de safras, no desempenho do comércio e da produção industrial e agrícola.

É provável que a crise venha afetar também o fluxo de voos, já que alguns aeroportos começam esgotar seus estoques de combustível. O mesmo acontece com o transporte escolar, de ônibus urbanos e interestaduais e também automóveis particulares. Há previsão da criação no Congresso de uma comissão para estudar o assunto. Porém, a questão é imediata e requer solução objetiva.

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