Do já longínquo primeiro de janeiro de 2011 até hoje muuuuuita coisa aconteceu na seara do poder. Uma verdadeira chuva de crises. A começar pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Eleita e reeleita presidente com a força do ex Lula, ela perdeu o mandato após longo período de discussão no Congresso e conflito nas ruas. A senhora Rousseff, que tomara posse 2.069 dias antes, acabou deixando sua cadeira no Planalto para o vice Michel Temer.
Nesse período, a Operação Lava-jato chegou e mudou o destino de dezenas e dezenas de personagens e do próprio Brasil. No rastro dela, vieram outras operações e ações do Supremo Tribunal, do Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República, e da Polícia Federal. Todas culminaram com a prisão, processos. O fim de gente importante que figurava no primeiro time do poder.
Nomes novos surgiram e tornaram-se marcantes na história do País. Na área da Justiça, por exemplo, juiz Sérgio Moro, o ex-Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, os ministros do STF Edson Fachin, Cármen Lúcia, Teori Javascki, falecido em janeiro de 2017. Empresários como Joesley Batista, Eike Batista e Marcelo Odebrecht, entre outros empreiteiros, tiveram suas vidas transformadas, presos por envolvimento em crimes financeiros.
A seara da política teve nesses últimos sete anos uma enorme e variada lista de “estrelas” que decretaram o fim de suas carreiras. Tempos de roubalheira, espionagem, traições, delações, condenações.
Há ex-governadores presos — principalmente Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, do Rio — senadores e deputados que perderam mandato em decorrência de corrupção. Muitos estão hoje recolhidos em presídios, a exemplo do ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, e do ex-ministro Geddel Vieira Lima e sua coleção de malas com 51 milhões de reais.
Daqui a exatamente um ano — no próximo dia primeiro de janeiro, o de 2019 — o Brasil saberá quem será seu novo presidente. Já é vasta a lista de candidatos. Hoje já são mais que uma dúzia e, provavelmente, aumentará. Uns são de ceta forma competitivos. Outros não. A campanha se intensificará a partir de abril. Há centenas de pesquisas indicando favoritos, milhões de previsões, torcidas e desejos. Todo mundo acha que o seu concorrente de sua preferência é o ideal para dirigir o País e será o vencedor.
É observar como será 2018. Aguardar o resultado das urnas em outubro, esperar para ver quem subirá a rampa do Planalto. Quem sobrevirá e quem “morrerá” na voraz roda-viva do poder.
Não custa relembrar o que sempre dizia o velho amigo professor Oswaldo Quinsan:
– Há algo mais pesado no ar que os aviões da carreira.