Pequenos detalhes sempre revelam o estado de espírito de uma autoridade.
Nessa quinta-feira fui ao Palácio Alvorada, como tem sido nos últimos meses, fotografar Jair Bolsonaro. Como é sabido, ele sempre desce do automóvel para falar com apoiadores que vão aplaudí-lo na saída da residência oficial. Vez por outra, segue até o pedestal onde são postos os microfones das tevês e das rádios para falar aos jornalistas que fazem a cobertura da Presidência da República.
Irritado, Jair Bolsonaro falou por vários minutos do seu descontentamento com o fato de aliados seus terem sido alvo de operação da Polícia Federal, acusados que são de participarem de um esquema de difusão de fake-news para detratar instituições, autoridades federais e pessoas que se opõem ao seu governo. Bradou contra os ministros do Supremo que autorizaram a ação. Não escondeu palavras fortes para o momento. Aliás, demonstrou espírito beligerante, em tom agressivo e ameaçador.
Reparei que sua gravata estava bem de acordo com o que dizia: uma sequência de fuzis em cor amarela contrastando com o fundo azul. Evidentemente, não deixei de fotografar o pequeno detalhe. Como não sou conhecedor do tema equipamentos de guerra, recorri ao Google para identificar as figuras estampadas na peça de seu vestuário. Não consegui. Suponho serem os famosos AR-15 ou algum outro modelo de rifle sofisticado.
Quem sabe você, meu caro leitor, ajude a dirimir essa dúvida.