O colégio de magistrados do Supremo decidiu por unanimidade acolher a liminar oferecida pelo ministro Teori Zavaski, que afasta o parlamentar carioca Eduardo Cunha da presidência da Câmara Federal e do mandato de deputado. Onze a zero.
Teori acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República, que o acusa de participação em vários processos de corrupção. Há ainda no STF outro processo contra Cunha, movido pelo partido Rede de Sustentabilidade, cujo teor se baseia no impedimento de Eduardo Cunha assumir a Presidência da República, na eventualidade de o vice Michel Temer ocupar do lugar de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto em decorrência do impeachment.
O vice-presidente da Câmara é o deputado Waldir Maranhão, do PP, e assume a cadeira de Cunha, enquanto seu afastamento não for definitivamente decidido. Maranhão também é citado num dos processos da Operação Lava-Jato.
Possível crise institucional à vista: já se indaga se o Supremo tem prerrogativa para cassar o mandato do presidente da Câmara.
Essa foto, a fiz anteontem à tarde. E pode ser a última imagem do deputado Eduardo Cunha presidindo uma sessão da Câmara Federal.
Orlando Brito