A deputada Tia Eron é outra parlamentar que batalha para manter sua cadeira na Câmara Federal. Viúva, 46 anos, Eronildes Vasconcelos Carvalho já foi quatro vezes vereadora por Salvador, a primeira negra a ter assento no plenário da Câmara Municipal de sua cidade natal. Em 2014 chegou a Brasília como a parlamentar mais votada da Bahia, com mais de 116 mil votos. Relatora de vários projetos nas comissões, inclusive o que obriga o SUS-Sistema Único de Saúde a realizar cirurgias gratuitas as mulheres vitimas de violência. Votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pela cassação de Eduardo Cunha.
Tia Eron é candidata pelo PRB, que tem forte ligação com as igrejas evangélicas. Porém ela não descuida do eleitorado adepto de outras crenças, ainda mais na Bahia, estado conhecido por seu sincretismo religioso. Em tempos de campanha, a deputada viaja constantemente para todas as regiões. Vai dos bairros carentes de Salvador aos distantes municípios do interior. Das cidades históricas às praias do litoral. E, claro, ainda encontra tempo para trocar mensagens nas redes sociais com seus cabos eleitorais.
Com forte ligação com a educação e a cultura, o senador Cristovam Buarque tem currículo de dar inveja a muita gente. É engenheiro mecânico; economista formado pela Universidade Federal de Pernambuco e pela Sorbonne, de Paris; professor foi reitor na Universidade de Brasília; foi governador do Distrito Federal e candidato a presidente da República na eleição de 2006, pelo PDT. Agora, aos 74 anos pretende mais um mandato como representante de Brasília no Senado Federal.
A corrida eleitoral para o Senado no Distrito Federal está bem acirrada. São 19 candidatos disputando duas cadeiras. Leila Barros, atleta campeã nas quadras de vôlei com a Seleção Brasileira lidera as pesquisas com 25% das intenções de voto. Cristovam é o segundo, com 22. Em seguida vêm Izalci Lucas, Chico Leite, Wasny de Roure, o que pode trazer alguma surpresa para Buarque. Assim como todos os concorrentes, ele não descuida um instante de sua campanha. Dedica todo o seu dia a visitas ao eleitorado do Plano Piloto e cidades-satélites do DF, reuniões com os mais variados setores da sociedade.
Gleisi Hoffmann não disputará sua recondução à cadeira que ocupa no Senado como representante do seu estado, o Paraná. Eleita em 2010 com mais de 3 milhões de votos, desta vez ela decidiu concorrer a uma vaga de deputada na Câmara Federal. Ela foi ministra-chefe da Casa Civil no governo Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016. Como atual presidente do PT, ela dedica praticamente todo seu tempo à defesa do ex-presidente Lula, preso em Curitiba por corrupção.
Ainda assim Gleisi Hoffmann encontra tempo para cuidar de sua eleição para Câmara dos Deputados. Seu número na chapa eleitoral é 1313 e é com ele que advogada de 53 anos espera sair vitoriosa em 7 de outubro. Ardorosa defensora das causas petistas está sempre presente nas visitas que o candidato de seu partido ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, faz ao seu estado. Assim como a grande maioria dos candidatos, sabe da importância e da influência das redes sociais numa campanha. Sua comunicação com os eleitora no Twitter, Facebook e Instagram é constante e eficiente.