Este sábado e o domingo serão mais dois dias de expectativas e tensão na Capital do País. A semana que agora termina foi repleta de fatos e notícias que envolvem as crises de pandemia e de governo. Houve manifestações não somente pacíficas, mas também violentas, antidemocráticas. Os resultados foram muitos e que somente cessaram com a intervenção da polícia e da Justiça.
Grupos de extrema direita fazem convocação para que os defensores de Jair Bolsonaro compareçam e repitam a performance dos atos que fizeram nos últimos meses em Brasília. Segundo informam, conseguiram permissão para concentrarem-se no espaço entre o Museu da República e a Biblioteca Nacional, a partir das dez da manhã, no domingo.
A oposição, por sua vez, também está programando manifestações em Brasília, no Rio, São Paulo e nos demais estados do Brasil. Na Capital, a previsão é que realizem passeata no domingo, no lado esquerdo da Esplanada dos Ministérios. Em ambos os casos a condição da Secretria de Segurança do DF é que os atos sejam pacíficos, com revista da polícia em todos os participantes e o não uso de fogos de artifício.
Os últimos dias foram marcados pela derrubada dos três acampamentos que acolhiam apoiadores de Jair Bolsonaro. O Patriotas, na Praça dos Três Poderes; o Agro, na Esplanda dos Ministérios e o 300 do Brasil, próximo ao Congresso Nacional. Todos pediam com faixas, cartazes e brados intervenção militar para fechar o Supremo Tribunal Federal, o Senado e a Câmara.
Culminou com a detenção de líderes dos grupos de extrema direita. Por exemplo da ativista Sara Winter Giromini. A líder do grupo 300 do Brasil acabou conduzida para a Polícia Federal, após despacho do ministro Alexandre Moraes, do STF. Ela e outros cinco do grupo, por participação em manifestações antidemocráticas. Aliás, Sara — agora recolhida na Penitenciária Feminina da Colméia — teve sua prisão preventiva prorrogada, na sexta-feira, por mais cinco dias.
Jair Bolsonaro quebrou a rotina de descer do automóvel na portaria do Palácio Alvorada sempre que saía e voltava do Planalto para falar com apoiadores que o aguardavam. O presidente compareceu a várias das manifestações de seus eleitores. Porém, não há ainda previsão do que fará nesse fim-de-semana.
Lembre-se que nesta semana houve a da queda do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ele já estava incluido em processo, após a reunião ministerial de 22 de abril em que chama dos ministros do Supremo de vagabundos. E ainda da prisão, em São Paulo de Fabrício Queiroz — assessor de Flávio Bolsonaro — agora preso na Penitenciária de Bangu 8, no Rio.
Recorde-se também que o número de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil ultrapassa a um milhão de pessoas e a quantidade de mortos beira a 50 mil.