Cora Coralina, 130 anos

A escritora e poeta na singela sala de sua casa em Goiás velho - Foto Orlando Brito

Revendo meus arquivos, encontrei essa foto rara de uma das mulheres mais marcantes da literatura brasileira: Cora Coralina, escritora e poeta, contista. E doceira de mão cheia. Escreveu mais de 60 de livros, todos eles marcados com o pensamento bem atualizado com o tempo. Nasceu em Goiás Velho, em 1889, e faleceu lá mesmo, em 1985. 

Cora Coralina estaria, portanto, completando agora no ultimo dia 20 de agosto 130 anos, com o lançamento de poemas inéditos, recuperados por netos, bisnetos e trinetos. Seu verdadeiro nome era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Em suas publicações, você encontra pérolas como essas:

“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.

O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende com a vida e com os humildes.

Há muros que só a paciência derruba. Há pontes que somente o carinho constrói.
Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma.

Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade.

Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é decidir.
Lindo demais, coração é terra que ninguém vê.
Fechei os olhos e pedi um favor ao vento. Leve tudo, que for desnecessário. Ando cansada de bagagens pesadas. Daqui pra frente levo apenas o que couber no bolso e no coração.”
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