O susto com a repentina internação médica do presidente Michel Temer terminou pouco antes do encerramento da sessão da Câmara que decidiu arquivar a segunda denúncia do ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra ele.
Pouco antes do meio dia, o presidente Michel Temer sentiu dores, foi diagnosticado com uma obstrução urológica e teve de passar por uma pequena intervenção cirúrgica, no Hospital do Exército, no Setor Militar Urbano.
Pelo Twitter, Temer disse que teve um desconforto, passou por exames médicos e que recebeu a recomendação de ficar em repouso por alguns dias. Se o problema persistir, é provável que siga para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ao deixar o Pronto-Socorro, com a esposa Marcela, disse aos jornalistas: — Estou inteiro.
A previsão feita pelos aliados do presidente não correspondeu exatamente ao que esperavam. Por suas contas, o número de votos, 263, que derrubou a primeira denúncia seria muito parecido.
Observadores da cena política acreditam que o fato de Michel Temer ter obtido nessa votação 12 votos a menos em relação ao primeiro processo — em agosto passado — não tem muita importância. Consideram que o julgamento de ontem era específico sobre sua permanência à frente da Presidência da República e que, por isto mesmo, muitos deputados votaram a seu favor. Não quer dizer, porém, que serão contrários ou favoráveis quando chegar a hora de apoiar as reformas que o presidente pretende enviar ao Congresso em breve.
Ou seja, impossível prever com exatidão o real tamanho da chamada base aliada do governo.