Assim que assumiu o governo, Jair Bolsonaro declarou que indicaria para as vagas que caberiam a ele fazê-lo pelo menos um ministro “terrivelmente evangélico”. Pois agora chegou a hora, com a aposentadoria do magistrado Marco Aurélio Mello, no próximo dia 12. E o seu escolhido é André Mendonça.
Advogado formado na Faculdade de Direito de Bauru e pastor da Igreja Presbiteriana em Brasília, André Mendonça tem 48 anos. Fez mestrado na Universidade de Salamanca, na Espanha, e foi o substituto de Sérgio Moro no Ministério da Justiça, de meados de 2020 até o começo desse ano. Atualmente é Advogado-Geral da União, cargo que já ocupou na chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto.
O anúncio não oficial de Bolsonaro aconteceu na manhã dessa terça-feira no encontro que teve com primeiro-escalão de seu governo no Palácio Alvorada. Na verdade, era algo já esperado devido às tantas vezes em que repetiu, embora não citasse o nome, que optaria por um ministro da religião que a primeira-dama Michelle professa.
A definição de André Mendonça por Jair Bolsonaro sepulta a esperança de outros pretendentes. Um deles é o atual Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que nutria a expectativa de ser o preferido. E de outros nomes algumas vezes aventados.
O que parece mesmo certo é que a indicação de Jair Bolsonaro será o pastor André Mendonça. Uma vez formalmente escolhido, porém, terá de ser sabatinado na Comissão de Justiça do Senado e, para ter seu nome aprovado, precisará de 41 votos “sim” no plenário. Nessa terça-feira foi visto visitando senadores no Congresso.