Tenho fotografado de perto os protestos no coração da Capital durante as duas crises que abalam o Brasil: da pandemia do Coronavírus e de governo. Na sequência de manifestações, os colegas de imagem já vimos de tudo: agressões, troca de insultos, personagens equivocados, discursos e ânimos acalorados, opiniões variadas, atos pacíficos e, muitas vezes, cenas de violência.
Nessa segunda-feira, não perdi a quinta apresentação pacífica do grupo de artistas que tem como mote “Quem Partiu é Amor de Alguém“, na Praça dos Três Poderes. A primeira aconteceu na área do Museu da República. Depois, na parte externa da bela Catedral projetada por Oscar Niemeyer. A terceira, na Rodoviária de Brasília. A quarta, no Teatro Nacional.
Esta aí das fotos marca o fim da série que aconteceu, como frisei, no cenário do Poder. Fiquei apreensivo, imaginando um provável conflito entre os atores que pregam a paz e homenageiam a memória dos mortos pela Covid e os apoiadores de Jair Bolsonaro porque a Praça dos Três Poderes até dias atrás era ocupada pelos fãs do presidente.
Não houve, enfim, nenhum tipo de altercação. No espaço antes repleto de apoiadores de Bolsonaro dessa vez estavam somente esses quatro aí da foto. Limitaram-se, observados pela Polícia Militar, a contemplar à distância a encenação dos opositores.