A Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Rodrigo Pacheco, começa a funcionar após a escolha do relator Sérgio Sveiter. Nessa tarde, os advogados do presidente Michel Temer foram protocolar formalmente as primeiras peças de defesa.
É na Câmara Federal que tramita a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Temer, em consequência das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, do Grupo JBS. O processo é de autoria do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e chegou ao Legislativo, autorizado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Antes de seguiram para a CCJ, os advogados de Michel Temer, Antonio Claudio Mariz e Gustavo Guedes, estiveram com o presidente no Palácio do Planalto. A peça de defesa questiona a validade das provas que fazem parte do acusação, bem como sua legalidade. Alega, portanto, que justamente por isto, não há configuração de crime.
Na próxima segunda-feira os parlamentares que compõem a Comissão de Justiça da Câmara prosseguem com a tramitação do processo. E na semana que vem, os debates se aceleram. Os líderes de todos os partidos terão direito à palavra e, também os advogados do presidente Michel Temer. Porém, é possível que os trabalhos se estendam por mais tempo, à espera da conclusão do relatório do deputado Sérgio Sveiter.
A previsão é somente em torno de quinze dias a denúncia deva seguir para votação no plenário da Casa. Para ser acolhida, tem de obter 342 votos. Caso contrário, será arquivada.