Esse jovem mora na periferia de Brasília. Acabou de sair da adolescência. Tem três irmãos menores. Não consegue ir à escola. Para ajudar nas despesas de mãe e pai desempregados, vende saquinhos de pipoca e paçoquinha nas ruas da capital do Brasil, nos sinais de trânsito. Quando os automóveis param, oferece aos motoristas seu produto a dois reais. Sua renda varia. Mas o faturamento diário jamais ultrapassa a 40 reais. O lucro líquido é a metade.
Na esperança de que os passantes se condoam com seu problema, apresenta em uma das mãos uma placa de papelão expondo seu drama. É seu marketing de venda. Na quarta-feira passada o fotografei na Via N-1, a 200 metros da sede do Ministério da Fazenda, a mesma avenida em que fica o Palácio do Planalto. É um dos milhares e milhares de brasileiros que, vemos diariamente, sofrem com o triste momento que vive o país. Seu sonho? Ter um emprego, estudar e almoçar.