O PSDB do DF se alinha com os governadores tucanos. Na manhã desta segunda-feira (7), o presidente do diretório regional, senador eleito Izalci Lucas, reuniu a Executiva Regional e disse que o partido, na capital, tende a seguir à proposta ideológica do governador de São Paulo, João Dória Júnior, que é seguido pelos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azevedo.
O senador afirmou ao site Os Divergentes “que a tendência, pelo menos nas reuniões de que participei, a bancada fala em seguir a proposta desse novo grupo, liderado pelo governador de São Paulo, João Dória, que também tem o apoio dos outros governadores, no sentido de colaborar com o novo governo. O PSDB precisa ter posições. Nosso maior erro, nos últimos meses, foi não termos uma posição clara”, diz Izalci. A tendência da maioria do partido seria, segundo ele, assumir posições mais conservadoras.
A bancada tucana do Senado está operando no rumo de se alinhar com outros senadores moderados: “Já fizemos reuniões no sentido é criar um grupo que se possa contrapor ao radicalismo, seja de esquerda, seja de direita. Além do partido e dos blocos, nós estamos preocupados em criar um grupo para dar uma equilibrada lá no Senado”
Para isto, a bancada tucana está apresentando seu candidato à presidência da Câmara Alta, o senador Tasso Jereissati, do Ceará. O parlamentar, entretanto, diz que somente participará da eleição se for o nome único das forças que se opõem à candidatura do senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas. “Tasso é um bom candidato. Representaria muito bem o Senado. Mas há um único problema que eu vejo em relação à sua candidatura: ele não pede o voto a ninguém. Afirma, declaradamente, que não disputara a eleição se tiver mais de um candidato em oposição a Renan. Isto me preocupa, pois Tasso não tem articulado nada. Com todos que conversei, nenhum senador até hoje foi acionado por ele. Candidato tem, em primeiro lugar, querer, tem que estar empolgado”, diz um tanto desanimado com postura do correligionário.
Há outros nomes que poderiam compor o Centro, no entender de Izalci, como Espiridião Amin, do PP de Santa Catarina, Raimundo Colombo, do PSD catarinense ou Álvaro Dias, do Podemos do Paraná. Entretanto, nada está decidido até este momento, enquanto o nome em voga é do inapetente Tasso Jereissati.
Segundo Izalci, a questão que o está efetivamente mobilizando são as reformas que estão por ser discutidas e votadas no Congresso. No seu entender, o PSDB vai apoiar esses projetos. Um deles seria o fim da reeleição para cargos executivos, já aprovada na Câmara e que deve ser apreciada no Senado. Segundo Izalci o grande problema neste sentido é uma possível redução do mandato de senador de oito para cinco anos. O novo projeto estabelece em cinco anos o tempo padrão dos mandatos eletivos. Os deputados ganhariam um ano, mas já os senadores perderiam uma terça parte de seus mandatos. Izalci considera muito difícil que o Senado aprove esse corte. O mais provável seria aumentar de oito para dez anos o mandato de Senador.