A candidatura do senador Renan Calheiros a presidente do Senado se fortalece exponencialmente nas últimas horas, na mesma medida em que cresce a ameaça de levar senador eleito Flávio Bolsonaro a se explicar na Comissão de Ética. No entender das forças governistas, a concorrente da raposa alagoana, senadora Simone Tebet, de Mato Grosso do Sul, seria demasiadamente sensível às tentações dos holofotes e, com isto, deixar-se-ia levar pela força da mídia.
Não obstante todas as restrições a Renan e sua corrente nas hostes bolsonaristas, as vozes mais sensatas do Palácio do Planalto estão chamando atenção para a realidade dos fatos. Sem uma condução segura e impermeável a esse tipo de pressão, o filho do presidente estará diante da Comissão de Ética já nas primeiras semanas de seu mandato.
Isto seria um desastre político, não pelas consequências ao mandato do senador carioca, mas à instabilidade que se abateria sobre o chefe da Nação. Em meio a essa tempestade, segundo fontes, o presidente Jair Bolsonaro tem dado mostras de alguma insegurança. Isto ultrapassa o âmbito familiar e se projeta sobre outros espaços.
Neste sentido, a tranquilidade assegurada pelo veterano presidente da Câmara, Rodrigo Maia, testada e re-testada em dois mandatos consecutivos, fortalece e evidencia o nome de Renan. No caso do Senado, onde a barragem ameaça se romper, dizia o Conselheiro Acácio: “O Seguro morreu de velho”.