Tesouro Nacional espera redução de gastos primários em 4% do PIB até 2026

Subsecretario do Tesouro Nacional, Pedro Jucá Maciel. Foto Divulgação

Para o subsecretario do Tesouro Nacional, Pedro Jucá Maciel, o principal objetivo da PEC do teto de gastos não é reduzir a dívida pública, mas trazer as despesas primárias da União ao mesmo patamar de 2008. As despesas primárias que foram equivalente a 20,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 teriam que cair para 16,8% do PIB nos próximos 10 anos.

Pedro Maciel, em uma palestra feita ontem em Brasília aos auditores dos tribunais de contas dos Estados e da União, disse que nos últimos 15 anos os esforços para equilibrar as contas públicas foram feitos com aumento da carga tributaria, sem iniciativas de equacionamento das despesas primárias. As receitas estimadas no Orçamento da União depois de 2009, por erro técnico ou decisão deliberada, sempre foram maiores que as realizadas para justificar gastos públicos.

“Com a PEC, a projeção das despesas primárias vão chegar ao final de 10 anos ao montante equivalente a 2008. Não estamos falando aqui de reduzir nada abruptamente, mas é um esforço muito grande. A PEC não só vai permitir que o ajuste se dê na redução de despesas, de restos a pagar, mas também permitir redução da dívida bruta como efeito secundário”, disse Maciel.

Mesmo com a aprovação da medida de controle de gastos, a redução da dívida e desembolso com juros não vão ocorrer no curto prazo devido aos déficit fiscais deste e do próximo ano. Maciel disse que a dívida bruta vai atingir a 80% do PIB nos próximos dois, um nível muito elevado para os padrões de endividamento dos países emergentes, que é na média de 40%.

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Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).