Para preservar saúde e educação, Eduardo Braga vai fazer corte de R$ 5 bi

Senador Eduardo Braga. Foto Orlando Brito

O relator do Orçamento Geral da União de 2017, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), fará um corte de gastos em torno de R$ 5 bilhões em outras áreas para preservar recursos de saúde, educação, segurança pública e programas que possam gerar empregos.

O corte é necessário. O orçamento do próximo ano, enviado pelo Executivo, prevê uma meta de déficit primário de R$ 170,4 bilhões, sem possibilidade de alocação de novas receitas, como prevê a PEC 241.

Sem possibilidade de alterar as receitas, Eduardo Braga terá que cortar em outras áreas para manter os recursos nas áreas de saúde e educação. Depois do segundo turno das eleições municipais, Braga vai decidir onde os cortes acontecem junto com os sub-relatores para garantir o apoio político necessário para a aprovação do Orçamento de 2017 em plenário.

Eduardo Braga, no entanto, também pretende garantir em torno de 17% dos recursos discricionários para investimentos. Destes, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deverá ficar com R$ 2,8 bilhões para atender obras em andamento.

Braga tem dito a seus auxiliares que não pretende fazer o papel do governo na definição das prioridades dos gastos, como vinha sendo feito até agora na tramitação do orçamento. Já que não terá poder para alocar receitas, o protagonismo da alocação dos gastos será de responsabilidade do Congresso Nacional.

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Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós graduação em jornalismo econômico pela Faculdade de Economia e Administração(FAE) de Curitiba/PR. Repórter especializado em finanças públicas e macroeconomia, com passagens pela Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Participou da cobertura de formulação e implementação de todos os planos econômicos do país deste o Plano Cruzado, em 1985, ao plano Real, de 1994. Sempre atuou na cobertura diárias das decisões de política econômica dos Ministério do Planejamento, Fazenda e Banco Central. Experiência em grandes coberturas de finanças como das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional(FMI), do Banco Mundial(BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).