O ministro do Planejamento, Romero Jucá, está fazendo hoje uma rodada de conversas com cada um dos seus colegas de ministérios para apurar e consolidar o rombo orçamentário de 2016, que já seria superior a R$ 200 bilhões.
Hoje conversou com o ministro da Educação, Mendonça Filho, com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e com o secretário-geral das relações exteriores, Sérgio Danese, para discutir quais são efetivamente as despesas em atraso com o desejo de realizações de gastos futuros. O MEC, por exemplo, sofreu um contingenciamento de R$ 6,5 bilhões, mas diz que terá dificuldade de se ajustar a este objetivo diante dos compromissos de gastos assumidos pela administração de Dilma Rousseff.
Este tipo de entendimento pode levar a que o tamanho do buraco das contas seja cada vez maior, uma vez que já ocorreu uma frustração na arrecadação de tributos de 7,91% nestes primeiros quatro meses do ano, como a Receita Federal divulgou hoje.
Isso pode estar ocorrendo em função de uma orientação passada pela equipe do Ministério da Fazenda a todos os técnicos dos ministérios para que eles explicitem os gastos descasados que podem ficar comprometidos por falta de dotação orçamentária.
A orientação da Fazenda é explicar o tamanho do buraco e divulgar na imprensa para quem fique claro que o atual governo está enfrentando uma grande herança maldita na área econômica, coisa que Joaquim Levy não pôde falar por tratar-se da gestão anterior de Dilma Rousseff.