Terá continuidade na segunda-feira a conversa entre os ministros do Planejamento, Romero Jucá, e das Cidades, Bruno Araújo, sobre o buraco das contas do Ministério das Cidades.
Os técnicos dos dois ministérios já chegaram a um consenso sobre a necessidade de aporte de R$ 340 milhões para viabilizar as atividades previstas para este ano.
Em torno de R$ 170 milhões deste total está na rubrica de despesas de custeio e investimentos, anteriormente cortadas por Joaquim Levy. Bruno Araújo quer o descontingenciamento deste valor e mais R$ 170 milhões para novas rubricas de gastos que estavam escondidos embaixo do tapete.
Se Araújo for atendido por Jucá, isso pode significar que o ajuste fiscal de Henrique Meirelles, de corte de gastos, pode não estar ocorrendo em alguns ministérios. Ao contrário, nesta fase de aprovação do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado, algumas torneiras estão sendo abertas, o que talvez explique as projeções de um déficit primário de R$ 200 bilhões para este ano.