Somos todos iguais I. A maior parte das siglas com representação no Congresso Nacional articula uma anistia ao caixa 2, criando uma diferença para o dinheiro destinado à eleição e aquele embolsado como propina. Houve até almoço no último domingo tendo como comensais caciques das principais agremiações.
Somos todos iguais II. O PT não participou do rega-bofe, assim não apareceu numa foto articulando com os algozes do impeachment – a quase integralidade do Parlamento. Mas, pragmático, deixou clara sua posição favorável à anistia.
Meu cargo primeiro. Assim como aconteceu no Senado, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo articula o apoio a um candidato da base de sustentação do presidente Michel Temer à presidência da Casa. Ou seja, na hora de amealhar cargos o discurso fica restrito à Avenida Paulista.
O impeachment de Bobbio I. Uma das frases preferidas da sinistra contra a legitimidade da deposição de Dilma Rousseff assenta-se na repetição ad nauseam de que ela foi uma “presidente legitimamente eleita”. Quanto ao “legitimamente”, há dúvidas. Caberá ao TSE dirimir se recursos escusos foram utilizados na campanha; sem falar no estelionato eleitoral.
O impeachment de Bobbio II. Quanto ao “eleita”, vale consultar o Dicionário de Política, de Norberto Bobbio. Lá, ele se refere ao impeachment como processo previsto em democracias, citando como exemplo os EUA e a Inglaterra, onde as eleições são a regra. Dilma, como Fernando Collor, foi eleita, cometeu crime de responsabilidade e, por conta dele, foi impedida de governar.
O impeachment de Bobbio III. “Atos contrários aos interesses gerais do Estado, cometidos por personalidades políticas no exercício das suas funções” é parte do conceito de impeachment constante no Dicionário.
O impeachment de Bobbio IV. Não custa relembrar que o PT é useiro e vezeiro na tentativa de depor presidentes “legitimamente eleitos”.