Desencantadas I. Levantamento do Estadão/Ibope publicado no último domingo, 15, indica que as mulheres integram o maior contingente de eleitores que pretendem votar em branco ou anular o voto. Mais precisamente, 6 em cada 10 eleitores dispostos a não votar em nenhum dos pré-candidatos (31% dos pesquisados) são mulheres.
Desencantadas II. Quando considerada a pesquisa espontânea, os números do Ibope revelam indecisão ou/e desencanto em escala maior. Chega a 59% o número total dos que não pretendem sufragar nenhum candidato ao Palácio do Planalto. Incríveis 6 em cada 10 eleitores (100% dos pesquisados).
Desencantadas III. Como já registrado aqui n’Os Divergentes, este imenso contingente aponta para uma eleição aberta. Pesquisas, previsões ou prognósticos, por enquanto, são vaticínios de falsos encantadores de eleitores. O eleitor está de saco cheio.
Mbappé não é Neymar. Enquanto o brasileiro Neymar preocupava-se com o corte do cabelo e em patrocinar campanhas de bebidas alcoólicas, o francês Mbappé tratava de jogar bola. Talvez isto explique o fracasso de um e o sucesso do outro na Copa da Rússia.
“Pesquisas, previsões ou prognósticos,
por enquanto, são vaticínios de
falsos encantadores de eleitores”.
Sangue na farda I. Há um equívoco na contagem progressiva sobre a morte de PMs no Rio de Janeiro. Os anúncios somam todas as mortes de militares, independentemente da circunstância.
Sangue na farda II. O número de assassinatos é, de fato, muito grande. Mas, para que as estatísticas sejam precisas, é necessário diferenciar quando a vítima é reconhecida como PM daquelas abatidas em situação idêntica a de civis.
Sangue na farda III. A contagem faz sentido quando o PM morre porque está no exercício profissional ou quando o marginal sabe que está disparando contra um policial. Caso contrário, para o bandido, o alvo é uma vítima como as outras.
Sangue na farda IV. Nesta estatística macabra, não faz sentido contabilizar os assassinatos de policiais à paisana e sem identificação. É o caso de latrocínios de policiais à paisana, por exemplo.
Sangue na farda V. Ou quando um PM resolve trabalhar como segurança nos dias de folga. A não ser que o bandido saiba que está alvejando um PM, o alvo foi estatisticamente um civil.
Justiça sem prazo I. Nos últimos 6 anos, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) recebeu 27 mil representações contra juízes e servidores por demora no julgamento. O dado corrobora artigo publicado pel’Os Divergentes, que contesta a existência de juízes neutros.
- Leia também: Data venia, teratológico é acreditar em juiz neutro
Justiça sem prazo II. “Aos que descreem em filósofos ébrios, bastaria um olhar sobre o funcionamento da Justiça. Nenhum mecanismo interna corporis evidencia mais a impossibilidade do juiz neutro do que os prazos”.
Justiça sem prazo III. “Na prática, qualquer magistrado pode acelerar ou retardar um processo como bem lhe aprouver. O condão de ser célere ou procrastinador desnuda qualquer manto de neutralidade”.