O presidente Michel Temer está na UTI, gravemente ferido. Se vai sobreviver depende do STF, do TSE, da PGR, dos aliados políticos, dos empresários interessados nas reformas, da Lava-Jato, de novos delatores, da mídia, das ruas.
A movimentação popular foi decisiva para remover a presidente Dilma Rousseff do Planalto em 2016. Se estiverem dispostas e organizadas, as ruas podem repetir a dose. E, de quebra, exigir o direito de eleger o substituto.
Caso Temer seja mesmo desalojado do Planalto, o Parlamento terá duas opções. Pode escolher um nome infenso a malfeitos e disposto a conduzir a travessia da pinguela até às eleições de 2018 – noves fora a equipe econômica e as reformas de Temer. Ou pode antecipar as eleições diretas, que dependeriam da chancela do STF.
O Parlamento escolhe. Fazer história elegendo um brasileiro honesto numa solução rápida, ou transferindo a decisão para o eleitor num processo longo e agitado.