Quem conhece os movimentos que têm nas redes sociais seu principal instrumento de mobilização já percebeu: as ruas estão inquietas. Difusos, mas orgânicos, lideranças quase anônimas registram que “o pessoal está fazendo muita besteira”.
O “pessoal”, indicam estas lideranças, tem nome: Rodrigo Maia, Moreira Franco, Alexandre de Moraes, Edison Lobão, Renan Calheiros. Um ministro da Justiça mal escolhido ou uma tentativa de parar a Lava-Jato pode ser o estopim.
Gente graúda já foi advertida. “Eles têm que parar de cometer erros”, caso contrário pode haver novas manifestações.
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Num momento de motim das PMs, funcionalismo indócil e oposição sem perspectiva de poder mobilizações de multidões podem entornar o caldo. O diferencial em relação à recente luta em favor do impeachment de Dilma Rousseff é que desta vez não haveria objetivo único.
Soldado sem inimigo definido vira franco-atirador. A vítima, portanto, pode ser qualquer um; ou todos.