Quem disse que o presidente Jair Bolsonaro está rumando para o isolamento político devido à perda de aliados? Que as ideias do presidente, como a do confinamento para enfrentar a covid-19, são estapafúrdias?
Basta assistir às lives e ler as postagens de um dos partidos mais antigos do Brasil para perceber que isto não é verdade. O PCO, partido da chamada esquerda revolucionária, está alinhado ao bolsonarismo na crise sanitária que assola o planeta. Sem exigir cargos.
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Não vou discorrer aqui sobre o Partido da Causa Operária. O divergente Andrei Meireles tem mais conhecimento da história das esquerdas no Brasil.
Interessa é que o líder máximo e plenipotenciário do PCO, Rui Costa, tem um veredito sobre o isolamento social. “Certamente não vai dar certo isso daí”, previu ele numa live de 21 de março último.
As motivações do líder revolucionário podem não coincidir totalmente com as de Bolsonaro, mas o efeito é o mesmo. “O confinamento é uma política cega e que só serve à burguesia e à classe média”, aponta o PCO.
Apenas um alinhamento circunstancial? Não.
Tal qual o capitão-mor, o PCO também é contra o desarmamento. “O PCO defende o armamento do povo como parte dos direitos democráticos da população e como um modo de autodefesa da população contra os ataques da burguesia aos seus direitos“, posicionou-se a Causa Operária em seu site oficial.
O PCO ainda não tem representantes no Congresso Nacional. Mas uma aliança Bolsonaro-Pimenta poderá engrossar as manifestações populares nas ruas contra o confinamento. Tão logo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, libere os protestos ou seja demitido – o que vier primeiro.
Como ornamento musical desta improvável aliança, uma marcha burguesa, de Johann Strauss. Basta clicar no link abaixo, no 1m07, após os aplausos.