Na visão de Pedro Malan, o “messianismo” ronda o pleito de 2018

Pedro Malan, ministro de FHC

Momentos de grande desilusão são portas de entrada para salvadores da pátria. Com a maioria dos eleitores fartos com todos os políticos, os eleitores de 2018 flertam com o messianismo.

Pedro Malan, economista que ajudou a consolidar no Brasil o conceito de responsabilidade fiscal, não descarta ver a Presidência da República entregue a um messias a partir de 2019. Ele não cita nomes.

“Quase três décadas depois,
vamos outra vez eleger
um messias para nos salvar?”

Ligado ao PSDB, ele chega a elogiar os programas de transferência de renda implantados por Lula. Indiscutível, porém, que a “ideia Lula”, mais do que nunca, transmutou-se no papel de salvador da pátria.

Donde é seguido de perto por Jair Bolsonaro, a imagem escarrada do salvador. De fato, Lula e Bolsonaro não têm militantes, têm seguidores.

“Uma certa ideia de Brasil”

A visão do ex-ministro da Fazenda foi exposta em entrevistas divulgadas neste sábado, 25, em três dos principais matutinos brasilianos: O Globo, Estadão e Folha de S. Paulo. “A ideia de que é possível um messianismo, um salvador da pátria, não serve para o Brasil de 2018”, refuta ele.

Em algum momento serviu? Bem, a maioria dos eleitores de 1989 achou que servia. Porém, em pouco tempo, os votantes do século passado perceberam que estavam errados.

Quase três décadas depois, vamos outra vez eleger um messias para nos salvar?

Deixe seu comentário