Enquanto Câmara e Senado pegam fogo, vai de vento em popa o recuo do recuo de Michel Temer. Apesar da confusão criada pelo deputado Waldir Maranhão, o vice continua tentando cortar ministérios e fazer nomeações. Hoje até que avançou. Recebeu uma boa notícia, a de que José Serra aceita assumir o Itamaraty, mesmo sem levar o comércio exterior. Mas Serra vai ficar com a Apex, a bem estruturada agência de promoção comercial que hoje também integra o MDIC.
Temer também disse a interlocutores que vai retomar a ideia de fazer algumas fusões na Esplanada. Cultura deve se unir à Educação e não mais ser ocupada pelo deputado Roberto Freire, do PPS. Como compensação, é possível que a Defesa acabe voltando para os braços de Raul Jungmann, do mesmo partido, que teve seu nome já cogitado.
Para alívio geral, a Ciência e Tecnologia também não deve ir para o PRB do pastor Marcos Pereira, e Temer tem uma boa desculpa. A pasta será absorvida por outra. Falou-se hoje em Comunicações, o que deixaria o ministério mais apetitoso para o PSD de Gilberto Kassab. Mas a lógica indica que Ciência e Tecnologia se junte com Desenvolvimento Industrial, e há quem defenda sua fusão com Educação.