Os advogados do ex-presidente Lula conversaram com os ministros do TSE, inclusive Luís Roberto Barroso, e saíram convencidos de que a corte respeitará todos os prazos previstos pela lei no julgamento do registro do candidato do PT. Por isso, não acreditam na antecipação desse julgamento na sessão extraordinária prevista para amanhã, e nem que nela seja concedida a liminar pedida pela PGR e pelo partido Novo retirando Lula da propaganda na TV enquanto o assunto não é decidido em definitivo.
Pelo sim, pelo não, porém, a cúpula petista está preparada para qualquer coisa para ficar sem o seu tempo na TV. No limite, a hipótese improvável de Lula ter seu registro cassado amanhã, o PT está preparado para fazer uma reunião-relâmpago, de emergência, da executiva para indicar Fernando Haddad como candidato no lugar do ex-presidente e já mostrá-lo na cabeça de chapa na TV no programa de sábado.
Esse não é, porém, o desfecho esperado. Daria aos petistas mais elementos para reforçar o discurso de que o candidato está sendo tratado de forma casuística pela Justiça, reforçando a tática da vitimização que, ao que parece, está ajudando Lula a crescer ainda mais nas pesquisas. Além disso, sempre haverá recursos ao STF, o que manteria o assunto no plano da incerteza.
As apostas são de que a liminar será negada e que a decisão final do TSE só sairá na próxima semana, dando a Lula a chance de aparecer como candidato talvez em mais um programa, o de terça-feira. Como o ex-presidente deixou muitos vide gravados antes de ir para a cadeia – num gesto premonitório do que viria a acontecer – a programação poderia, em tese, ser mantida até outubro.