O martelo já está batido extra-oficialmente: o PSB não deverá ter candidato a presidente da República em outubro. Com isso, o tempo de TV do partido na propaganda eleitoral será redistribuído entre todos, mas o dinheirinho do fundo eleitoral vai irrigar as campanhas para governador e para fazer as maiores bancadas possíveis no Congresso – o que é o segredo do sucesso no presidencialismo à brasileira.
Agora, os caciques do PSB estão tomando coragem para dar essa notícia ao ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, formalmente convidado para ser seu candidato à presidência. Enquanto confabulam para decidir quem vai amarrar o guizo no gato, mandam recados a Barbosa por interlocutores diversos e em notas na imprensa.
O ex-ministro, que já não havia sentido essa firmeza toda no convite inicial e justamente por isso adiou sua resposta, deve anunciar a desistência nos próximos dias. Para bom entendedor, meia palavra basta. E é óbvio que Joaquim Barbosa não será candidato por uma legenda dividida em relação à própria candidatura.
Resolvido isso, as alas do PSB poderão se dedicar a seus projetos estaduais. Márcio França, em São Paulo, apoiando Geraldo Alckmin mesmo que venha a ser o segundo palanque do tucano no estado. A turma de Pernambuco, que trabalha pela reeleição do governador Paulo Câmara, em aliança com o PT de Lula ou de quem mais ele indicar. E todo mundo feliz…