Com os números das pesquisas de popularidade cada vez piores, o Planalto sabe muito bem que precisa preservar sua única fonte de força: o controle do Congresso e a perspectiva de aprovar as reformas que o PIB quer. Essa é a equação do poder para Michel Temer, e ele não pretende descuidar nem por um minuto da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara.
Leia também: Carlos Marún (PMDB-MS): Reforma da Previdência aceita aprimoramentos
O Planalto trabalha para dar um sinal de governabilidade ao mercado aprovando a PEC na comissão até o dia 21 de março. Dos 37 membros titulares, conta ter, de saída, o apoio certo de 20 deputados. Outros 11 são considerados contrários à reforma e há seis na categoria dos indecisos.
Em tese, há uma boa correlação de forças para o Executivo começar a trabalhar. Mas tudo vai depender das reações e pressões dos movimentos sociais e da população – já que a reforma da Previdência mexe com a vida de absolutamente todo mundo.