Pesquisas apontam Senado pulverizado e MDB com maior bancada

Plenário do Senado

Todas as atenções estão voltadas para a campanha presidencial mais nervosa e imprevisível desde 1989, mas os espertos usaram as últimas rodadas de pesquisa para fazer as contas no Legislativo e avaliar o grau de governabilidade do próximo presidente – seja lá quem for. No Senado, por exemplo, os prognósticos são de uma pulverização partidária maior do que a de hoje, com declínio no tamanho de algumas  das maiores bancadas, o que tornará ainda mais complicada a tarefa de reunir maiorias para governar. O MDB, porém, deve continuar com a maior bancada e a presidência da Casa.

Marta Suplicy e Antonio Anastasia

Pelos resultados prévios, que evidentemente ainda podem mudar, tudo indica que o MDB continuará sendo o maior partido no Senado, mantendo 18 senadores, um a mais, um a menos. Saem alguns, como Marta Suplicy (SP), que não se recandidatou, mas podem chegar outros, como Jarbas Vasconcelos (PE). Romero Jucá (RR), presidente do partido, está numa disputa dura por novo mandato, mas é provável que acabe se reelegendo. Edison Lobão (MA) e Roberto Requião (PR) lideram em seus estados.

Lindbergh Farias e Gleisi hoffmann

Já o PT e o PSDB devem sofrer certa redução. A bancada petista, hoje com nove integrantes, deve acabar com oito, na melhor das hipóteses. Gleisi Hoffmann (PR) não se recandidatou, preferindo a Câmara. Humberto Costa (PE) e Lindbergh Farias (RJ) ainda enfrentam eleições acirradas. Em compensação, Jaques Wagner está liderando a corrida para o Senado na Bahia, Dilma Rousseff em Minas e Eduardo Suplicy em SP.

O PSDB pode sair das eleições com dez senadores, no quadro mais otimista, perdendo dois. Aécio Neves (MG), candidato à Câmara, é um deles. Em SP, Mario Covas Neto rem boa chance de se eleger, mas pelo Podemos, já que se desentendeu com a tucanada.

Mendonça Filho e Romero Jucá

O DEM tende a manter sua bancada de cinco senadores, apesar de tantas negociações hetedoroxas na liderança do Centrão. Isso se conseguir emplacar Cesar Maia no Rio e Me donça Filho em Pernambuco. Ronaldo Caiado é candidato a governador de Goiás, mas tem mais quatro anos de mandato. Deve dividir a bancada com o arqui-inimigo tucano Marconi Perillo, com  oa chance de eleição pelo PSDB.

Fernando Collor, que tentou uma candidatura presidencial e acabou postulando o governo de Alagoas, que deve perder, tem mais quatro anos pelo PTC.

Aliás, a redução das grandes bancadas – é bom lembrar que o PMDB, nos bons tempos, chegou a ter 25 senadores – vai, mais uma vez, beneficiar a sopa de letras, cada vez maior e mais pulverizada. Pelo menos dez partidos podem estar representados no ano que vem por bancadas “do eu sozinho”, aquelas com apenas um integrante se revezando na tribuna e no plenário como líder e liderado.

 

 

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