As primeiras medidas que o governo Michel Temer precisa aprovar na área econômica já estão no Congresso. A mudança na meta do superávit e a DRU (desvinculação das receitas orçamentárias) são projetos enviados por Dilma Rousseff, mas precisam ser votados com urgência para garantir a sobrevivência fiscal e financeira do governo.
Se o superavit não for mudado em dez dias, por exemplo, o governo terá que começar a cortar pagamentos e entra em estado de paralisação. Sem a DRU, não há orçamento factível.
Os pacotes e reformas com a digital Temer vão demorar mais um pouco a serem enviados ao Congresso, ainda que sejam anunciados hoje pelo presidente interino e pelo quase ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Interlocutores do ainda vice explicam que a forma de encaminhar propostas ao Congresso agora vai mudar. Em vez de mandar o projeto ao Legislativo e depois negociar, o novo governo fará o contrário. Quando a matéria for encaminhada, já terá sido objeto de ampla discussão com o Legislativo, o que abrirá caminho para sua aprovação.
A nova metodologia já vai valer para a reforma da Previdência que Meirelles vai elaborar.